O diagnóstico da fibromialgia é exclusivamente clínico (feito pelo médico) e eventuais exames subsidiários podem ser solicitados apenas para diagnóstico diferencial (descartar ou pesquisar outras doenças). O médico durante a consulta obtém algumas informações que são essenciais. Os sintomas mais importantes são dor generalizada, dificuldades para dormir ou acordar cansado e sensação de cansaço ou fadiga durante todo o dia.
A completa compreensão da fibromialgia requer uma avaliação abrangente da dor, da função e do contexto psicossocial. Além da dor, é importante avaliar a gravidade dos outros sintomas como fadiga, distúrbios do sono, do humor, da cognição e o impacto destes sobre a qualidade de vida do paciente.
Alguns outros problemas podem acompanhar a fibromialgia como depressão, ansiedade, alterações intestinais ou urinárias, dor de cabeça frequente, entre outros. Ao examinar, o médico pode observar uma grande sensibilidade em pontos especificos dos musculos. Estes pontos são conhecidos como pontos dolorosos. Hoje não se valoriza muito a quantidade de pontos que estão dolorosos, mas a sua presença ajuda nesse diagnóstico.
Uma organização médica americana chamada Colégio Americano de Reumatologia criou alguns critérios para ajudar esse diagnóstico. Eles incluem dor difusa e os pontos dolorosos já citados. Esses critérios são muito utilizados para realizar pesquisas sobre fibromialgia, mas no dia a dia o principal é a avaliação médica. Ainda na consulta podem ser utilizados alguns questionários que ajudam tanto no diagnóstico quanto no acompanhamento dos pacientes. Entre esses 12 questionários eu citaria o Índice de Dor Generalizada, o Índice de Severidade dos Sintomas e o Questionário de Impacto da Fibromialgia.
DA ORIENTAÇÃO AO TRATAMENTO
A orientação ao paciente e seus familiares possui fator crítico para o controle ideal da fibromialgia. Como parte inicial do tratamento, devemos fornecer aos pacientes informações básicas sobre a fibromialgia e suas opções de tratamento, orientando-os sobre controle da dor e programas de autocontrole. Essa orientação deve ser feita por todo profissional da saúde habilitado, incluindo médicos, fisioterapeutas, psicólogos, educador físico...
A estratégia para o tratamento ideal da fibromialgia requer uma abordagem multidisciplinar com a combinação de modalidades de tratamentos não farmacológico e farmacológico, exercícios físicos pelo menos duas vezes por semana e terapia cognitivo-comportamental. O tratamento deve ser elaborado, em discussão com o paciente, de acordo com a intensidade da sua dor, funcionalidade e suas características pessoais da fibromialgia.
Cartilha para pacientes. Comissão de Dor, Fibromialgia e Outras Síndromes Dolorosas de Partes Moles. Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Parabéns, prof. Rodrigo, pela sua dedicação e disponibilidade em ajudar com orientações e o tratamento.
ResponderExcluirOlá,
ExcluirEsse é o papel de todo profissional da saúde que tem como princípio norteador o bem estar de seus pacientes. Obrigado pelas palavras gentis.